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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Flór de Lótus

        O Teatral Grupo de Risco (TGR), apresenta a peça “Flor de Lótus”, uma criação coletiva, com direção de Roma Román e no elenco Fernanda Kunzler, Paulo Matoso e Yago Garcia. O trabalho recebeu o Prêmio Cultura e Saúde – Edição 2010, da Secretaria de Cidadania Cultural, do Ministério da Saúde e que para sua concretização, vai beber na fonte do Teatro Fórum, de Augusto Boal.

         Na última semana a peça foi apresentada para grupos de mulheres, Economia Solidária, Movimentos sociais, comunidade cigana de Campo Grande, albergadas do presídio feminino semi-aberto, escolas públicas, e pretende encerrar o ciclo de 10 apresentações nesta quarta-feira (31), às 20h, no espaço do grupo localizado à rua José Antônio Pereira, 2170, Jardim Brasil.

       O TGR, grupo em atividade desde 1988 que tem como missão “desenvolver um trabalho de pesquisa de linguagem cênica, de dramaturgia, e na investigação sobre a formação histórica e cultural de Mato Grosso do Sul”, tornando-se referência no Estado pela qualidade de sua produção teatral e execução de projetos culturais e sociais. Neste tempo, produzimos mais de 30 espetáculos, entre adultos, infantis e bonecos, além de documentários e programas de televisão. O grupo já representou o Estado em festivais nacionais e internacionais como Chile, Argentina, Bolivia e Paraguai e produziu mais de quinze projetos sociais para populações da periferia dos grandes centros e do meio rural.

       No Brasil, as questões de gênero, têm avançado, com a criação de legislação e de políticas publicas especificas. O acesso aos direitos recentemente conquistados depende da tomada de consciência destes, e dos instrumentos que hoje estão disponíveis para sua garantia. A falta de aprofundamento no conhecimento sobre conquistas como a Lei Maria da Penha, ainda é um desafio a ser enfrentado por toda a sociedade para a efetivação da Política Pública. Com este trabalho, queremos firmar mais uma vez, 24 anos de trabalho de grupo e pautar nossa ação no enfrentamento a violência contra a mulher.

       Para Boal, a função da arte é criar consciência, uma consciência do mundo, “não necessariamente verbal ou verbalizável, sistematizável”. Considerando-se as diversas formas de organização das coisas empreendidas pela arte, que não somente usa palavras, mas silêncio, cores, sons, ações humanas, no tempo e no espaço, uma vez que a “comunicação estética é a comunicação sensorial e não apenas racional”, múltipla, não uma, como a própria cultura. Na experiência que vivenciaremos aqui a barreira entre palco e plateia é destruída e o Diálogo implementado, ou seja, a partir de uma encenação baseada em fatos reais, na qual personagens oprimidos e opressores entram em conflito, de forma clara e objetiva, na defesa de seus desejos e interesses. Neste confronto, o oprimido irá fracassar e convidamos a todos e todas, a entrar em cena, substituir a protagonista e contribuir com o Grupo e espetáculo buscando alternativas para o problema encenado.

"Me nego a viver em um mundo ordinário… como uma mulher ordinária. A estabelecer relações ordinárias. Necessito do êxtase. Sou uma neurótica, no sentido de que vivo meu mundo. Não me adaptarei ao mundo... Me adapto a mim mesma”.

Contatos:
Fernanda Kunzler (67) 9241 6227
Paulo Matoso (67) 9282 6131

CORTA ESSA DE SUICÍDIO!

                                                                                                                  José Ribamar Bessa Freire
28/10/2012 - Diário do Amazonas 
           Foi assim. No primeiro século da era cristã, os Guarani saíram da região amazônica, onde viviam, e caminharam em direção ao Cone Sul. Depois de longas andanças, ocuparam terras que hoje estão dentro de vários estados nacionais: Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai e Bolívia. Os vestígios arqueológicos e linguísticos que foram deixando ao longo do caminho permitiram que os pesquisadores reconstruíssem essa rota e estabelecessem datas prováveis do percurso feito. 

          Dois mil anos depois, um italiano, nascido em 1948, em Toscana, atravessou o oceano Atlântico com sua família, veio para Porto Alegre, de lá para Curitiba, se naturalizou brasileiro e se instalou, finalmente, em Mato Grosso do Sul, onde encontrou os Guarani, que lá vivem há quase dois milênios. O italiano recém-chegado se tornou governador do Estado. Seu nome: André Puccinelli (PMDB - vixe, vixe).

       A migração estrangeira ajudou a construir nosso país, quando conviveu em paz com os que aqui estavam há muitos séculos, sem atropelá-los. Muitos estrangeiros, honrados, trouxeram trabalho, riqueza e cultura e compartilharam o que tinham e o que produziam com o resto da sociedade que os acolheu. Ensinaram a aprenderam. Mudaram e foram mudados. Benditos estrangeiros que plasmaram a alma brasileira! 
      
       No entanto, não foi isso o que sempre aconteceu em Mato Grosso do Sul. Lá, desde 1915, fazendeiros, pecuaristas e agronegociantes, quando chegaram, encontraram as terras ocupadas por índios. Consideraram as terras indígenas como "devolutas" e começaram a expulsar os que ali viviam, num processo que se acelerou nas últimas décadas. Foi aí que os invasores, representados hoje, no campo político, por André Puccinelli, colocaram seus documentos pra fora e, machistas, ordenaram autoritariamente:
- Deite que eu vou lhe usar!
Usaram a terra em proveito próprio, da mesma forma que o coronel Jesuíno, interpretado por José Wilker, usou a Sinhazinha na minissérie Gabriela: sem nenhum agrado, sem qualquer respeito. Com dose cavalar de brutalidade, desmataram, queimaram, exploraram os recursos naturais, abusaram dos agrotóxicos, colheram safras bilionárias de soja, cana e celulose, extraíram minério, poluíram rios e privatizaram a natureza para fins turísticos. Pensaram só neles, no lucro, e não na terra e na qualidade da vida, nem compartilharam com a sociedade, que ficou mais empobrecida.
Flor da terra
        O resultado desastroso do uso da terra foi lamentado pelos líderes e professores Kaiowá em carta de 17 de março de 2007:
       - O fogo da morte passou no corpo da terra, secando suas veias. O ardume do fogo torra sua pele. A mata chora e depois morre. O veneno intoxica. O lixo sufoca. A pisada do boi magoa o solo. O trator revira a terra. Fora de nossas terras, ouvimos seu choro e sua morte sem termos como socorrer a Vida. 
        Para os Guarani, o que aconteceu foi um estupro, ferindo de morte a sinhazinha natureza. A relação deles com a terra é amorosa, eles não se consideram donos da terra, mas parceiros dela. Ela é o tekoha, o lugar onde cultivam o modo de ser guarani, o nhanderekó. "Guardamos com a terra" - diz o kaiowá Tonico Benites - "um forte sentimento religioso de pertencimento ao território".Não é a terra que pertence ao Guarani, mas o Guarani que pertence à terra.

        O professor guarani Marcos Moreira, quando foi meu aluno no curso de formação de professores, entrevistou o velho Alexandre Acosta, da aldeia de Cantagalo (RS) que, entre outras coisas, falou:
- Esta terra que pisamos é um ser vivo, é gente, é nosso irmão. Tem corpo, tem veias, tem sangue. É por isso que o Guarani respeita a terra, que é também um Guarani. O Guarani não polui a água, pois o rio é o sangue de um Karai. Esta terra tem vida, só que muita gente não percebe. É uma pessoa, tem alma. Quando um Guarani entra na mata e precisa cortar uma árvore, ele conversa com ela, pede licença, pois sabe que se trata de um ser vivo, de uma pessoa, que é nosso parente e está acima de nós.
          Os líderes Kaiowá reforçam essa relação com a terra quando lembram, na carta citada, que o criador do mundo criou o povo Guarani para ter alguém que admirasse toda o esplendor da natureza."O nosso povo foi destinado em sua origem como humanidade a viver, usufruir e cuidar deste lugar, de modo recíproco e mútuo" - escreve o kaiowá Tonico Benites, doutorando em antropologia. "Por isso, nós somos a flor da terra, como falamos em nossa língua: Yvy Poty" - completam os líderes Kaiowá.
Se a terra é um parente, a relação com ela deve ser de troca equilibrada, de solidariedade. É como a mãe que dá o leite para o filho. Ela dá, sem pensar em cobrar. Ela não cobra nada, mas socialmente espera que um dia, se precisar, o filho vai retribuir.
         "Tudo isso é frescura" - dizem os fazendeiros e pecuaristas que pensam como o coronel Jesuíno: a terra é pra ser usada. E ponto final. Portanto, o conflito não é apenas fundiário, mas cultural, com proporções tão graves que a vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat, considera essa como "a maior tragédia conhecida na história indígena em todo o mundo". É que os Guarani decidiram defender a terra ferida e para isso realizaram um movimento de ocupação pacífica do território tradicional localizado à margem de cinco rios: Brilhantes, Dourados, Apa, Iguatemi e Hovy.
Apenas uma pequena parte do antigo território, que lhes permita sobreviver dignamente, é reivindicada. É o caso da comunidade Pyelito Kue-Mbarakay, no extremo sul do Estado, onde vivem 170 Kaiowá, dentro da fazenda Cambará, às margens do rio Hovy, município de Iguatemi (MS). A comunidade está cercado por pistoleiros e lá já ocorreram recentemente 4 mortes, duas por espancamento e tortura dos jagunços e duas por suicídio.
Somos Kaiowá 
Um juiz federal, Sergio Henrique Bonacheia, determinou, em setembro último, a expulsão dos índios. Ele afirmou que não interessa "se as terras em litígio são ou foram tradicionalmente ocupadas pelos índios ou se o título dominial do autor é ou foi formado de maneira ilegítima". Os índios vão ter que sair - decidiu o magistrado.
         O Ministério Público Federal e a Funai recorreram ao Tribunal Regional Federal contra tal decisão. Os índios se rebelaram, escreveram uma carta anunciando que dessa forma o juiz está decretando a morte coletiva, que ele pode enviar os tratores para cavar um grande buraco e enterrar os corpos de todos eles: 50 homens, 50 mulheres e 70 crianças, que eles ali ficam, como um ato de resistência, para morrer na terra onde estão enterrados seus avós.
       O suicídio coletivo - assim a carta foi interpretada - teve enorme difusão nas redes sociais e ampla repercussão internacional, "com o silêncio aterrador" da mídia nacional, como lembrou Bob Fernandes, autor de um dos três artigos esclarecedores e informativos. Os outros dois foram de Eliane Brum e de Tonico Benites.
       Construiu-se rapidamente nas redes sociais uma corrente de solidariedade, com sugestões para a realização de atos de protestos em muitas cidades brasileiras. "Nós todos somos Kaiowá" - disseram, parodiando um slogan que ficou célebre em maio de 1968, na França: "Nous sommes tous des juifs allemands". Um desses atos, marcado para hoje, domingo, dia 28, será no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro, onde está instalada uma exposição sobre a vida da atriz Regina Duarte, proprietária de uma fazenda em MS e considerada porta-voz dos fazendeiros, por uma declaração infeliz que deu.
Diante da gravidade dos fatos, o governo federal convocou reunião de emergência para a próxima segunda-feira, com a participação de vários órgãos governamentais. A possibilidade de se efetivar o suicídio coletivo dos Kayowá se apoia em dados oficiais do Ministério da Saúde: nos últimos onze anos, entre 2.000 e 2011, ocorreram 555 suicídios, uma das taxas mais altas do mundo.
Se a tragédia acontecer, uma pergunta vai ter que ser respondida: suicídio coletivo? Será mesmo? A ideia de suicídio é, num certo sentido muito cômoda, porque isenta de culpa a terceiros. Mas se você é levado por alguém a se matar, trata-se de suicídio ou de uma forma de homicídio? O artigo 122 do Código Penal Brasileiro estabelece pena de reclusão para o agente que, através de ato, induz ou instiga alguém a se suicidar ou presta-lhe auxílio para que o faça. Quem pode ser incriminado neste caso?
       A pergunta deve ser feita ao governador Puccinelli, implicado pela Operação Uragano da Polícia Federal num esquema ilegal de pagamento de propinas a deputados e desembargadores, que em maio de 2010, durante a abertura da Expoagro, em Dourados, incitou os fazendeiros contra os índios. A pergunta pode ser repassada também à senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, que em artigo, ontem, na Folha de São Paulo, teve o descaro de escrever, com certa dose de cinismo e de deboche:
       - "Se a Funai pensa, por exemplo, que são necessárias mais terras para os indígenas pela ocorrência da explosão demográfica em certa região, nada mais fácil do que comprar terras e distribuí-las".
O discurso da senadora - convenhamos - é transparente, porque evidencia a relação exclusivamente mercantil que têm com a terra, ela e aqueles que ela representa e da qual é porta-voz. Mostra ainda que ela não é capaz de entender a relação amorosa e religiosa dos Guarani com a terra. O coronel Jesuíno, certamente, assinaria embaixo de tal discurso.


Link para o artigo esclarecedor da ex-senadora Marina Silva: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marinasilva/1171587-sobre-todos-nos.shtml

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Comunicação Novas Linguagens


Compas,

Amanhã (24) às 18h, acontece a oficina de Comunicação na casa da Recid. Esta oficina é uma demanda que surgiu um um de nossos planejamentos. Neste primeiro momento estaremos com a comunidade cigana, mas isto não é fator delimitante, a oficina é aberta a todas as pessoas que desejam participar e colaborar com os processos de formação do povo.

A ideia da oficina é descobrir novas linguagens de comunicação e fortalecer as que temos, no sentido de se debater a democratização da mesma, principalmente com jovens das comunidades negras, afro descendentes, ciganas, indígenas. Teremos duas oficinas esta semana no dia 24 e 25 (participação da comunidade indígena urbana/rural terena), no dia 26/10 haverá o cine Recid às 19h e dia 27/10 seminário o dia todo visando continuidade ao debate sobre comunicação, das 8h às 17h, todas essas atividades na casa da Recid.

Estão convidados/as, aliás, convocados/as a estarem conosco!!!!

CRIAR, CRIAR PODER POPULAR!!!

Rede de Educação Cidadã MS
                  67 3042 8262
www.teatralgrupoderisco.com.br

terça-feira, 16 de outubro de 2012

EXPERIÊNCIAS DE PODER POPULAR NA AMÉRICA LATINA


O que é?

Educação Popular: uma Escola em Formação tem o propósito de intensificar a formação de lideranças, garantindo processos continuados e integrados de educação popular, objetivando a autonomia e o fortalecimento das lutas populares no Mato Grosso do Sul tendo em vista a construção de um projeto popular para a o Brasil. Esta formação consta das seguintes temáticas:

- Projeto Popular e alternativas frente a crise capitalista;
- História das ideias e lutas sociais no Brasil e na região Centro Oeste;
- Experiências de Poder Popular na América Latina;
- Metodologia da Práxis e experimentação pedagógica;
- Concepções de Educação no Brasil (História da educação popular e pedagogia Freireana)


Participação


Destina-se a todas as pessoas que tenham idade a partir dos quinze anos. A Escola está aberta a diversos atores sociais, representantes de entidades e movimentos e militantes das causas indígenas, negros e negras, quilombolas, LGBTs, mulheres, juventude, ciganos/as e também profissionais de diversas áreas do conhecimento. Serão trinta vagas e para se inscrever, preencha a ficha de inscrição a seguir. 

Neste 3º módulo, a escola conta com o assessoramento de Cláudio Nascimento, entre os dias 19 e 21 de outubro.

recidms@hotmail.com

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Organicidade e sustentabilidade


CONVITE 

A Rede de Educação Cidadã MS (Recid), convida as diversas organizações do Estado para comparecerem em sua reunião ampliada que acontecerá nesse sábado das 7h30 às 17h com almoço no local. Na parte da manhã estaremos com uma oficina sobre organicidade e sustentabilidade em Rede e na parte da tarde continuaremos os debates sobre a avaliação das atividades e planejamento deste mês. Ressaltamos que nossos desdobramentos tem o intuito, nessa reta final, de também nos prepararmos para o próximo período que a Recid viverá a partir do mês de dezembro, portanto, a participação de tod@s os/as colaboradores/as é importantíssima para a construção desse processo. 

OBJETIVO: “Avançar os debates sobre organicidade e sustentabilidade da Recid, assegurando o olhar popular na busca de reforçar as possibilidades de articulações dos diversos movimentos sociais para garantir a continuidade e potencialização do trabalho de base nas suas organizações por meio da Recid”. 

DA PROGRAMAÇÃO... 

7h30 - Café da manhã solidário; 

8h - Mística; 
8h30 às 12h - Oficina: “Organicidade e Sustentabilidade em Rede”; 
12h01 - Almoço; 
13h30 - Histórico da última ampliada; 
13h40 - Video; 
13h50 - Apresentação e avaliações das oficinas; 
14h20 - Planejamento; 
16h - Cafezinho; 
16h20 - Informes; 
14h30 - Mística de encerramento do dia; 
Abraços Fraternos, 

Comissão Pedagógica/Comunicação e de Gestão RECID-MS 


Local: CASA DA RECID 

Rua Dr. Temístocles, 64, Esplanada da Ferroviária, Campo Grande, MS. 

Contatos: Dionédison 9932 8740// Fernanda 9241 6227 // Milena 9231 4456 // Paulo 92826131 Romilda 9248 3389 // Robson 9118 5902 


“Se a estrutura como esta, não permite o diálogo, 
é necessário trocar a estrutura. E não decidir que não 
pode. Eu também sei que não pode haver diálogo assim.” 
Paulo Freire

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Memória Escola de Formação


Equipe de comunicação 2º módulo

Memória do 1º dia da Escola de Educação Popular: Uma escola em Formação, 28.09.12

Ontem, na casa das irmãs Lauritas em Campo Grande-MS, teve inicio o 2º módulo da Escola de Educação Popular: Uma escola em formação, cujo tema proposto é “A história das ideias e lutas sociais no Brasil e América Latina”. Mas para além de debates e formação em textos esta escola se constrói sobre os alicerces da solidariedade, da luta dos movimentos e da superação do capitalismo através da construção de um projeto diferente. 

Para tentar cumprir esses objetivos, a manhã desta sexta-feira(28.09.2012) foi realizada principalmente com técnicas de teatro do oprimido, dividos em: “teatro de jornal”, “derrubando o opressor”, “conhecendo o seu companheiro(a)” e ainda muitas outras. Não é preciso que se diga o quão importante e necessário é fazer essas ações, construir esses momentos, a unidade entre as pessoas, entre os movimentos dada as suas diversidades tem sua complexidade. O debate sincero pode não ser a única chave, é preciso que se estimule outras, como a amorosidade, o que implica respeito, e para isso é preciso conhecer o outro, se desarmar para o outro, tentar entendê-lo e assim dialogar. Estes momentos tentaram garantir aquilo que nos faz mais, que nos faz ser, mas cada um dá o passo do tamanho que pode, e dasafiamos sempre a andar mais e principalmente organizado e em rede. 

Na parte da tarde garantiu um momento entre os participantes para leitura de um texto. Estes para além de só lê-lo deveriam ficha-lo, cada grupo de forma diferente, por isso, antes da atividade foi feito uma pequena explicação dos modos de fichamento, e qual sua utilidade em quanto formação, mas principalmente como isto pode fortalescer o debate dos textos. O nome do texto é “História das lutas sociais” e foi enviado pela Jaqueline-DF, integrante da Comissão Nacional da RECID. 

Na parte da noite e ainda antes do jantar tivemos uma apresentação-ação de Teatro do Oprimido, oferecido por nossa entidade âncora Teatral Grupo de Risco, o nome da peça é “Flor de Lotus”, onde se trabalha os modos da violência contra a mulher, e a entrada em cena dos que inicialmente eram apenas ouvintes. Não vale só discursar, é preciso entrar em cena, ser ousado(a), porque mudar a história se faz na práxis e não só na teoria. Experiência inesquecível e abaladora para alguns participantes. Finalizando esse primeiro dia e depois do Jantar as pessoas assistiram um documentário sobre a ascensão dos considerados atualmente estados progressitas de esquerda ou centro esquerda na América Latina, o que é muito importante para entendermos a conjuntura e o poder da mídia em cima dessas figuras e projetos propostos. Nome do filme. 

Esse segundo módulo é continuação de nossa escola, no primeiro módulo tivemos o tema: “Projeto popular e Alternativas frente a crise capitalista”, ainda na parte da manhã foi feito uma fala de um dos coordenadores fazendo uma ligação entre o primeiro módulo e o segundo. 

No segundo dia teremos a compania do companheiro do MST do DF, camarada Ney, que será o facilitador dos próximos dois dias..