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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

"O Estado no banco dos réus"

Tribunal Popular da Terra (TPT) e a Rede de Educação Cidadã, realizam no próximo sábado (03), em continuidade aos trabalhos já desenvolvidos, uma oficina de formação para debate em torno da questão territorial Quilombola no Estado.


O TPT, que se reúne há um tempo com pessoas interessadas em debater e fortalecer a luta sobre a Territorialidade, busca construir coletivamente sob a perspectiva de um horizonte com índice de violência no campo reduzido e justiça aos grupos, como por exemplo as Comunidades Indígenas e Quilombolas, que desde a Constituição de 1988 tiveram o direito territorial outorgado, mas que infelizmente precisam enfrentar a grande resistência do latifúndio que insiste em não respeitar, para o julgamento simbólico do Estado brasileiro.

Após duas oficinas e um seminário nos quais foram debatidos a ideia do Tribunal Popular da Terra que junto a Recid MS, organizam esta próxima oficina, com o objetivo de aprofundar o debate sobre a "questão Quilombola", consolidar os grupos de trabalho (GTs em comunicação, cultura e articulação política), para encaminhamento do processo organizativo do TPT, além de Planejar as ações até Março de 2012.

O processo histórico sobre essas terras, mostram o derramamento de sangue na luta das pessoas que querem simplesmente a justiça, uma visão de imparcialidade, que a "função social" deliberada em 1988, se cumpra com dignidade.

Nessa ideia, a criação de espaços como o TPT, garantem o fortalecimento do debate, a construção do processo coletivo politico/social e a organização do povo possam colocar o "Estado no banco dos réus".

Programação da Oficina.
14h Mística;
14h10 - Histórico de nossas ações até o momento;
14h30 - "A questão Quilombola";
15h30 - Lanche
15h45 - Debate e planejamentos dos GTs (Jurídico, Político, Comunicação, Cultura, Estrutura);
16h45 - Volta para o coletivo, debate sobre questões gerais (dia e local do T.P.T);
17h20 - Mística final;
17h30 - Encerramento;

Local: Casa da RECID/MS - Rua: Dr. Temístocles, 64 - Esplanada da Ferroviária (Próximo ao Armazém Cultural, frente ao sindicato dos ferroviários)

Contribuições no texto e Informações: Robson Souza

Mês da Consciência Negra no MS

No MS, o mês da Consciência Negra é marcado por várias atividades realizadas pelo Movimento Negro, Comunidades Quilombolas e Rede de Educação Cidadã, e o apoio das Fundações de Cultura do Estado. 

20 de novembro comemora-se o dia da 'Consciência Negra', data escolhida por ser o dia em que Zumbi do Palmares, símbolo da resistência negra, foi assassinado (1695). Desde o início da década de 70, o país comemora esta data na ideia de refletir sobre a inserção e igualdade racial do negro na sociedade. 

A data que desde do 2003, segundo a lei 10.639 no que diz "o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil e Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira", neste sentido, o debate e fomento desta iniciativa é propagado nas atividades. 

A programação realizada no Estado fortaleceu a necessidade da organização do povo no sentido de se debater políticas públicas e ações afirmativas para o acesso dos negros. 

O calendário das atividades e participações: 

- AFRO XXI - ENCONTRO IBERO AMERICANO, no ano do afro descendente 2011, em Salvador de 16 à 19/11/11; 

- Conferência de Segurança Alimentar, em Salvador de 07 à 11/11/11; 

- 06/11/11 - 5º Jogos da População Negra de Campo Grande/MS (com várias comunidades quilombolas rurais e urbanas); 

- 20/11/11 - Prêmio aluno nota dez (aluno negro com melhor desempenho escolar); 

- 26/11/11 - Prêmio Nelson Mandela e Noite do Cavaquinista (pessoas que colaboram com trabalhos voltados para a questão racial); 

- 30/11/11 - Roda de Conversa com Mulheres sobre o tema: "A mulher e sua participação no atual processo político" (mulheres negras e não negras trocando experiências sobre o seu papel político na sociedade);




Como surgiu o Dia da Consciência Negra 

O idealizador do Dia Nacional da Consciência Negra foi o poeta, professor e pesquisador gaúcho Oliveira Silveira (1941 - 2009). Ele era um dos fundadores do Grupo Palmares, que reunia militantes e pesquisadores da cultura negra brasileira, em Porto Alegre. 

Em 1971 (mesmo ano de fundação do grupo), ele propôs uma data que comemorasse a tomada de consciência da comunidade negra sobre seu valor e sua contribuição ao país. Escolheu o dia 20 de novembro, por ser o possível dia da morte de Zumbi dos Palmares, que ocorreu em 1695. Era era muito mais significativo e emblemático do que comemorar o dia 13 de maio, Dia da Abolição da Escravatura, quando o regime escravocrata estava falido e não havia mais como se manter. Abordamos melhor os aspectos históricos que levaram ao fim da escravidão e suas consequências imediatas. 

O 20 de novembro foi celebrado pela primeira vez naquele mesmo ano de 1971. A ideia se espalhou por outros movimentos sociais de luta contra a discriminação racial e, no final dos anos 1970, já aparecia como proposta nacional do Movimento Negro Unificado. De lá para cá, a data tem motivado a promoção de fóruns, debates e programações culturais sobre o tema em todo o país.

Fontes: 




quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Nossa Palestina é aqui, sua língua o guarani

         O governo de Israel foi repudiado internacionalmente pela sua política de assassinatos seletivos, de mortes deliberadas de lideranças palestinas, visando bloquear a luta deste povo pela suas terras, que foram ocupadas com a partilha compulsória da Palestina para criação do estado judeu. Mas esses assassinatos não impediram a continuidade da luta pela criação do Estado Palestino, que hoje, após décadas de dura resistência, já é reconhecido pela maioria dos países do mundo.

         Foi no dia 29 de novembro de 1947 que a partilha da Palestina se deu, e desde então este é considerado pelos palestinos como um dia de resistência e afirmação deste povo aos seus territórios tradicionais, sua cultura e seu Estado. E foi também num dia de novembro, 25, no ano de 1983 que foi assassinado Marçal de Souza, líder guarani, um dos símbolos da resistência deste povo contra o extermínio físico e cultural. Duas datas simbólicas, na dura resistência desses povos.

       A mesma política de assassinatos seletivos praticada por Israel é aplicada contra os povos indígenas de Mato Grosso do Sul há muito tempo. Um após um, ano após ano, vão tombando suas lideranças, numa “crônica de umas mortes anunciadas”, sob o olhar indiferente do Estado, como se os índios fossem seres humanos de segunda categoria. Caso após caso se encadeiam num fio de sangue onde salta aos olhos a omissão do Estado, em todas as esferas, para com uma situação dramática. Quanto sangue ainda será preciso correr para que se tome uma providência?

Para os que acham exagero essa comparação entre a Palestina ocupada e oprimida e a situação das comunidades indígenas de Mato Grosso Sul, particularmente os guaranis, basta uma visita a suas aldeias. Algumas são quase lugares de confinamento. Nós nos solidarizamos com a luta do povo Palestino, mas não podemos fechar nossos olhos para a nossa própria “Faixa de Gaza”.

        Quantos assassinatos mais serão preciso ocorrer para que o Estado faça o que devia ter feito a muito tempo? Pois foi com a cumplicidade do Estado, quando não diretamente por ele, que essas comunidades sofreram o que podemos chamar tecnicamente de genocídio, o extermínio em massa de um povo. Como podemos aceitar que nosso país tenha recursos para fazer uma intervenção “pela paz” no Haiti, com o objetivo de ganhar respeito internacional, quando é incapaz de resolver uma situação que se arrasta a décadas sem solução dentro de nosso próprio território? Que exemplo de respeito aos direitos humanos nós passamos para o mundo?

          A política de assassinatos seletivos não impediu a continuidade da luta do povo palestino. A cada líder que tombava, outro ocupava seu posto, porquê as causas da origem daquela luta – a expulsão de suas terras, o confinamento em guetos e a inexistência de um Estado – ainda não foram resolvidas. Da mesma forma aqui. Após décadas de assassinatos seletivos de suas lideranças, de opressão territorial e cultural, os povos indígenas continuaram mantendo sua dura luta pela garantia de seus mínimos direitos, pelas suas terras ancestrais, pelo respeito enquanto seres humanos que tem sua própria história milenar de ocupação do continente americano.

        Duas datas, dois dias, duas lutas em pontos diferentes do planeta, mas com um mesmo sentido: o levante de um povo contra a ignomínia, o desprezo, o esquecimento, a opressão material e espiritual. E lá na Palestina, como aqui, essa luta somente terá fim quando for atacada na raiz as causas de suas origens. Nossa Palestina é aqui, sua língua o guarani.
Não te mataram, Marçal, ampliaram a tua voz!

Por Eber Benjamim
(Jornalista, membro do Centro de Documentação e Apoio aos Movimentos Populares)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Oficina leva ao debate sobre o protagonismo da história Indígena no MS

Num Estado onde, segundo relatório divulgado no jornal G1/MS, concentra-se o maior índice de assassinatos de povos indígenas correspondente a 57% das ocorrências em todo no país, sendo que 34 das 60 mortes foram registradas no MS, segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ainda há esperanças de transformar essa realidade.

Neste sentido, e com esse otimismo, a Recid MS juntamente com a comunidade indígena terena Darcy Ribeiro, se encontraram para uma oficina de formação onde se resgatou parte da história desse povo e se debateu sobre a situação limite que se encontram os povos indígenas no Estado.

Na comunidade Darcy Ribeiro, como forma de manifestação por uma moradia digna, indígenas ocuparam terras que estão próximas as casas que fazem parte do Projeto de Governo Municipal, no qual não comporta a quantidade de famílias existentes na região. "Tinha casa com até 3 famílias morando, sem condições, não queremos morar de favor, então resolvemos nos unir e reivindicar nossos direitos, por que na visão da prefeitura estávamos bem ali, mas estamos mostrando que não", Dalva Botelho, indígena terena.

A oficina aconteceu em um dos barracos, onde moram cerca de 50 famílias que estão acampadas a aproximadamente 3 meses. No aprofundamento teórico as questão como direito a terra, moradia digna, respeito, preconceito e violência as povos indígenas foram bastante pontuadas, bem como as dificuldades estruturais com as quais convivem diariamente.

O debate trouxe também a reflexão de como nos vemos no contexto histórico, se somos a história ou o instrumento dela e nesta perspectiva muitas dúvidas surgiram, confirmação de que ainda há muito a ser trabalhado até que o povo se empodere e se reconheça como sujeitos/atores de sua própria história.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

NOTA SOBRE A PRISÃO DE LIDERANÇAS INDÍGENAS DO POVO TERENA DA TERRA INDÍGENA BURITI, MATO GROSSO DO SUL

Nós, representantes do Conselho Indigenista Missionário, Conferência dos Religiosos do Brasil, Comissão Pastoral da Terra, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e lideranças indígenas, presentes na Assembleia Regional do Cimi/MS, vimos manifestar nosso repúdio e indignação pela prisão das lideranças do Povo Terena da Terra Indígena Buriti, município de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti. A prisão foi executada ontem (29/08) por força de decisão da Justiça Federal de Campo Grande. 

A detenção das 6 (seis) lideranças se mostra arbitrária, confusa e injustificável. De acordo com o depoimento dos indígenas, eles foram convidados a prestar esclarecimentos acerca da luta pela terra na sede da Policia Federal em Campo Grande e lá chegando foram surpreendidos com a decretação da prisão. 

Mais uma vez, foram violados direitos constitucionalmente garantidos, inclusive o de se comunicar imediatamente com seus familiares e advogados. 

A Terra Indigena Buriti já foi identificada e declarada pelo Governo Federal como sendo de ocupação tradicional do povo Terena. Recentemente, a Justiça Federal assegurou a posse das terras atualmente retomadas por este povo. 

Nos causa muita indignação assistirmos diversas lideranças indígenas de nosso estado sendo assassinadas e seus agressores impunes e, em contra partida, vermos a “agilidade” dos Órgãos Públicos em criminalizar e prender líderes que há décadas cobram uma solução definitiva para demarcação de suas terras tradicionais e pelo fim da violência contra seus povos. 

No dia 23/08, Lurdesvone Pires veio a falecer em consequência das queimaduras geradas pelo atentado cometido contra um ônibus escolar na Terra Indigena de Cachoeirinha. 

Um ato repugnante, terrorista, que desmascara as inúmeras animosidades e violências que vem sendo sistematicamente cometidas contra os povos indígenas de MS e que até agora, passados quase 3 (três) meses do atentado, ninguém foi preso por este crime. 

Se não bastasse o ataque contra os estudantes Terena, somam-se inúmeros outros, como o assassinato dos professores indígenas Jenivaldo Vera e Rolindo Vera mortos brutalmente por milícias armadas que expulsaram o povo Guarani de sua terra tradicional conhecida como Ypo’i, em Paranhos. 

Além disso, onde estão as providencias para a prisão dos assassinos de Julite Lopes, Ortiz Lopes, Marcos Veron, Dorvalino Rocha e Oswaldo Lopes? 

Onde estão as providencias para a prisão dos agressores que, portando armas de fogo, constantemente agridem os indígenas de Passo Pirajú, Ypo’i, Kurusu Ambá, que já foram notoriamente denunciadas às autoridades do Estado e organizações internacionais? 

Onde estão as providencias para retirarem as armas e prenderem os agressores dos indígenas Guarani de Pyelito Kue e Mbarakai, município de Iguatemi? Tal fato já é de conhecimento do Ministério Público Federal de Dourados que inclusive já possui provas irrefutáveis das agressões. 

Confiamos que o Ministério Público Federal, um órgão que tem a confiança dos povos indígenas de Mato Grosso do Sul e que foi incumbido pela Constituição Federal de 1988 de defender os direitos indígenas, peça a revogação da prisão das lideranças Terena. 

A enorme desigualdade entre o reconhecimento de direitos dos povos indígenas e o dos setores que se opõe a estes mesmo direitos, culmina numa das piores realidades de violações de direitos humanos registradas entre os povos indígenas de todo mundo. 

É lamentável assistirmos o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul ter uma postura irrefutável de negar o reconhecimento dos direitos constitucionais destes povos. 

E para piorar, o Governo Federal tem revelado uma inércia administrativa irresponsável, que vai justamente na contra mão dos discursos da Presidente Dilma sobre os projetos de erradicação da pobreza. Parece-nos uma aviltante demagogia proclamar esses discursos diante de centenas de casos de miséria absoluta, constantemente registradas nos acampamentos Kaiowá e Guarani nas beiras das rodovias. O fato é de conhecimento do próprio Governo, constatado, in loco, pelas inúmeras visitas de Comissões da Secretaria de Direitos Humanos, que também produziram relatórios circunstanciados sobre esta realidade. 

Por fim, nos solidarizamos com todos os povos indígenas do Mato Grosso do Sul, em especial com o Povo Terena que sofre ao ver suas lideranças, entre elas, vereadores, universitários e professores serem criminalizados em função das lutas em defesa de seus direitos. 
Carta dos movimentos acima citados

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Recid MS e outros movimentos sociais organizam o Tribunal Popular da Terra


No último sábado (27) a Rede de Educação Cidadã do Mato Grosso do Sul organizou junto a alguns movimentos sociais oficinas de formação para organizar e estudar sobre o Tribunal da Terra. 


O Tribunal Popular da Terra (TPT) que possui caráter crítico, formativo, articulador e mobilizador, surge após a repercussão política e o resultado positivo do Tribunal Popular que aconteceu em 2008 onde se colocou o Estado brasileiro no banco dos réus, na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo. 

Sob a ideia de analisar profundamente e julgar alguns crimes institucionais emblemáticos ocasionados a partir de uma ação opressora do capital que visa o encarceramento da classe trabalhadora, o TPT se consolida no sentido de articular os diversos grupos existentes, para também discutir os crimes cometidos pelo latifúndio, em aspectos econômicos, políticos, jurídicos e sociais da questão agrária no Estado e no país. 

Os movimentos populares do MS, organizam neste ano de 2011, o Tribunal Popular da Terra com o objetivo de discutir a situação das populações do campo e da cidade, sob a perspectiva da terra e territorialidade. Com o cuidado de refletir sobre as opressões crescentes no campo nos últimos anos, em decorrência do agronegócio e do neodesenvolvimentismo. 

Foi um dia de debates na sede do MST/MS (Movimento sem terra) em torno da Estrutura Fundiária e Questão Agrária em MS bem como os objetivos e organização do tribunal. No próximo dia 24 de setembro os movimentos: RECID-MS (Rede de Educação Cidadã – MS), CIMI (Conselho Indigenista Missionário), CPT (Comissão Pastoral da Terra), Comissão Estadual de Justiça e Paz da CNBB Regional, ADLESTE (Associação dos Docentes da UFMS – Três Lagoas), CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos), Movimento dos Sem Terra, Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos, CSP - Conlutas, Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas, Cedampo (Centro de Documentação e Apoio aos Movimentos Populares), PSTU-MS e PT-MS, organizam um seminário em continuidade as oficinas realizadas.

domingo, 28 de agosto de 2011

Recid/MS em reunião ampliada de avaliação das atividades


No dia de comemoração aos 112 anos de Campo Grande/MS, a Rede de Educação Cidadã do Mato Grosso do Sul se reuniu ontem (26) com o Coletivo Ampliado de Coordenação com o propósito de avaliar e planejar as atividades da Recid MS.
A mística que trouxe a reflexão de qual Campo Grande se quer abraçar, fez com que alguns educadores (as) avaliassem o modelo latifundiário, autoritário e conservador que a cidade de Campo Grande é administrada.
Após a rememorização do último encontro ampliado (02/07), a equipe avaliou as atividades sob um olhar não somente quantitativo, mas com ênfase na qualidade metodológica, pedagógica e política. Com transparência, a equipe compartilhou as ações realizadas com intuito de conjunturar que não pode participar efetivamente a fim de que todas (os), pudessem de alguma forma avaliar e colaborar com a continuidade dos trabalhos desenvolvidos.
No mesmo encontro, que encerrou às 18h30 com a plantação coletiva de uma árvore, foi apresentado a Escola Popular de Formação Política que tem por objetivo debater e aprofundar os projetos de sociedade e modelo de desenvolvimento, á partir e tendo a educação popular e a participação social como estratégia à política de superação da miséria, levantando os limites das políticas sociais, dentro do modelo capitalista de superação das desigualdades sociais.
Pátria livre... venceremos! Saudou os e as educadores (as) num sinal de Boa noite!!!!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Ato público conta com apresentação teatral












No último sábado (13), a Recid MS esteve no Ato Público em defesa aos povos indígenas. Dionédison Terena, educador da Rede de Educação Cidadã, fez uma conjuntura da situação dos povos indígenas do Estado, ressaltou a falta o índice de violência e o descaso governamental que os indígenas sofrem.

O grupo teatral Imaginário Maracangalha, de Campo Grande, colobarou com o ato e trouxe o teatro de rua que retrata a vida de Marçal de Souza, liderança indígena assassinado em 1983. 

Confiram as matérias que saíram em diferentes veículos de comunicação:
http://uniaocampocidadeefloresta.wordpress.com
www.midiamax.com.br/.../765038-ato+apoio+comunidades+indigenas+ realizado+campo+grande.html
http://racismoambiental.net.br/2011/08/ato

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Recid/MS participa do “Ato em Defesa dos Povos Indígenas”


Neste dia 13 de agosto acontece o Ato em Defesa aos Povos Indígenas do MS, um ato organizado por movimentos sociais e que se realizará na área central de Campo Grande.

Esta é uma atividade organizada por "não indígenas" a favor e em solidariedade com os povos indígenas do MS, que tem por objetivo não só reagir contra a violência praticada mas também chamar atenção da sociedade sul-matogrossense para que tal violência praticada não seja aceito.

Além disso, existem setores não indíegenas que se sentem atingidos igualmente em sua dignidade humana e que não vão se acostumar a testemunhar passivamente aos ataques sistemáticos praticados contra "nossos iguais, irmãos e parentes".

Recid/MS


O Atentado a ônibus escolar...

Um dos mais recentes atos de violência que teve muita repercussão nacional e internacional foi o ataque que sofreu um ônibus escolar lotado de estudantes indígenas na região de Miranda/MS, 203 quilômetros de Campo Grande, em 3 de junho deste ano. O ataque que aconteceu com o uso de uma bomba caseira feriu gravemente a cinco estudantes e ao condutor do veiculo. Naquela ocasião a mídia lembrou a “briga judicial” entre indígenas do povo Terena e fazendeiros na região de Miranda apontando o seguinte:“Três anos atrás o Ministério da Justiça baixou uma portaria determinando que uma área de perto de dois mil hectares fosse transformada em aldeia indígena, contudo, por meio de liminar, a decisão foi suspensa no ano passado pelo STF (Supremo Tribunal de Justiça). Em março deste ano, os índios invadiram duas fazendas em Miranda, uma delas a fazenda Petrópolis, do ex-governador de MS, Pedro Pedrossian. A Justiça mandou a polícia afastar os índios de lá” (midiamax). Para os indígenas não há dúvidas de que essas terras pertencem ao povo Terena, sendo que uma parte já foi demarcada a favor dos indígenas, mas entraves jurídicos e administrativos não permitem a efetiva entrada dos nativos em suas terras tradicionais. Antes do ataque perpetrado contra os escolares muitas lideranças indígenas já vinham denunciando diferentes tipos de ameaças e algumas encaminhadas ao Ministério Publico Federal.
Violência ainda maior é praticada sistematicamente contra o povo Kaiowa-Guarani no MS. Segundo o Conselho Indigenista Missionário, Mato Grosso do Sul concentra a segunda maior população indígena do país e possui os piores índices de terras demarcadas e os maiores índices de violações de direitos humanos. MS tem sido por muitos anos ‘recordista’ de violência contra os povos indígenas do Brasil e as causas dessa realidade estão intimamente ligadas à ocupação de suas terras tradicionais pelo agronegócio e o latifúndio, segundo os organizadores do ato a realizar-se em Campo Grande.

Informações CEDAMPO



























segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Macro Regional Centro-Oeste debate Educação Popular como estratégia de transformação Social

"Desvelando as raízes das desigualdades sociais radicalizando a democracia no Centro Oeste" foi o tema do VII Encontro Macro Centro-Oeste que aconteceu nos dias 27 a 30 de julho de 2011 em Brasília/DF, com o objetivo de aprofundar os desafios da educação popular frente ao modelo de desenvolvimento do Centro-Oeste na perspectiva da construção do poder popular.

Após a mística de abertura que definiu o corpo que queremos em contínua transformação, uma gincana adocicada por pirulitos que dividiu o coletivo em 03 grupos, marcou o início das atividades que estimulou os (as) educadores (as) a relembrar os três últimos encontros macro regionais do centro-oeste.

A socialização da conjuntura feita por cada Estado que teve o cuidado de pontuar a história, planejamento e organização da Recid, possibilitou que fossem elencados os principais desafios da região com atenção as especificidades locais apresentadas pelos Estados.

Na dinâmica do Carrossel, o coletivo assumiu o aprofundamento teórico dividido por quatro eixos: Relações Trabalho-Capital e Sociedade-Estado; Modelo de ocupação e desenvolvimento do Centro-Oeste; Cultura, Comunicação e Disputa Hegemônica e a Resistência no Centro-Oeste e sua relação com a Educação Popular, esse trabalho permitiu que os (as) educadores (as) construíssem uma síntese dos desafios da Educação Popular na região.

Ainda foram analisados os papéis da Comissão Nacional (CN) e Talher Nacional (TN) bem como seus avanços, dificuldades e desafios. Coletivamente foram levantados os critérios e a metodologia da escolha da CN, além da criação da Coordenação Centro-Oeste, apelidada carinhosamente de “COCO”.

Diante da preocupação de fortalecimento da CN, foi feito um longo e caloroso debate no qual se avaliava que o modelo de alternância entre os Estados talvez não fosse a melhor forma de escolha da equipe CN. Os (as) educadores concluíram que a representação não é do Estado e sim da região e que este modelo de alternância simultânea talvez não seja a melhor metodologia adotada, portanto o debate se estenderá, mais amadurecido, no próximo Encontro Macro.

A partir dos critérios construídos, os próximos educadores a representar o Centro-Oeste na Comissão Nacional são: Calimério Junior (DF) e Paulo Matoso (MS), e devido a demanda de atividades, a CN terá desta vez suplentes, Carmem (MT) e Pedro (GO).

sábado, 18 de junho de 2011

Olha a chuva!!!! É mentira, ah....

        “Pula fogueira ia ia, pula fogueiro io io, cuidado para não se queimar por que essa fogueira já queimou o meu amor....”, é neste clima junino cultural que a Rede de Educação Cidadã (RECID/MS), Ponto de Cultura “Afrodite-se em Ponto” (TGR) e Presídio Feminino Semi-Aberto de Campo Grande, juntamente com os de artistas locais embalam o “1ª Sarau Junino” no Estabelecimento Penal da Capital.

     O Sarau surgiu como uma ideia vinda das mulheres que estão cumprindo pena no Presídio Semi-aberto, para que elas tenham momentos no qual pudessem se expressar artisticamente. “Em uma das oficinas realizadas pela Recid e TGR, as participantes reivindicaram uma atração diferente na qual elas saíssem da posição de expectadoras e atuassem, então juntas, Presídio, Recid e TGR resolvemos fazer o que estamos chamando de Sarau Junino”, relata Roma Román, diretora de Teatro.

      Para Roma este é realmente um momento singular, prelúdio da Marcha da Liberdade! O   evento tem o intuito de trocar experiências, cada um com sua bagagem, sua cor, seu tempero, afinal a arte e a cultura nos ensinam que somos únicos “cada um age e reage de maneira diferente às situações do cotidiano, é... Somos iguais na  diversidade”, afirma.

        Este encontro prova que é possível cada dia mais construir uma sociedade pautada no respeito, solidariedade e amorosidade, POR QUE SOMOS SERES HUMANOS! E devemos começar a batalha para educar-nos e a nossos filh@s para a liberdade e o respeito de uns para com os outros, para que eles possam sonhar e encontrar um mundo diferente deste em que vivemos: Assim, facilitemos  as condições e conseqüências do exercício do amor e da inteligência. Cada um de nós é responsável pelo que se nos apresenta. A SOCIEDADE SOMOS NÓS.

       Consta na programação a Banda “TRIBOS ARMADOS”, Emmanuel Mayer com fará  contação de histórias e poemas, dança cigana com Luna Romai, capoeira com o grupo Cordão de Ouro e a atração mais esperada da noite fica por conta das MENINAS DO SEMI que farão uma dança Junina.

      E nos intervalos, uai... o microfone fica aberto para outras intervenções que surgirem. Além disso não poderia ficar de fora sô os doces, pipocas, bandeirinhas e muita animação.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Carta Memória aos Cirandeiros e Cirandeiras da IV Ciranda

Por Fernanda Kunzler (memória do dia 27.05.11)

      Ontem iniciamos o dia com a nossa querida rádio e as vozes companheiras que a animam, Romilda e Cris com informações para o nosso dia. O cafezinho da manhã sempre com alguns educadores (as) ainda cansados (ressaca) da noite anterior, outros mais animados, alguns não falam no primeiro momento, já outros (as) disparam na comunicação verbal e gestual.

     A mística cada vez mais intensa nos leva a refletir a amorosidade e também as diferentes linguagens de comunicação. É claro, que a manhã que se iniciou num clima “friozinho” se torna logo caliente com a tão envolvente ciranda, (êta que o bicho vai pegar).

        Depois da apresentação das atividades do dia feita pela espontaneidade do companheiro Diguilin  e a discrição da companheira...., dupla interessante, não¿ Coordenaram o dia, quase que pontualmente, lógico que a todo momento levantando um cartaz com as ordens: 5 minutos, conclua....  é claro também cirandeiros (as) que o sucesso da coordenação e das outras equipes de trabalho não seria possível se não fosse um trabalho coletivo.

     Ainda no debate do período da manhã os assessores convidados colaboraram na reflexão sobre comunicação que parte do início de sua história até os dias atuais, o coronelismo, regulamentação dos meios, as ferramentas disponíveis e como usá-las, temos certeza que conseguimos debater sobre o assunto com questionamentos relevantes  na tentativa de criar formas da tão sonhada e possível democratização da comunicação.

     Uma breve paradinha para outro cafezinho.... (eita povo que curte comer!rsrsrsrsrsr). Logo após o lanche, as entusiasmadas meninas do “De quem pra quem” voltam com todo o gás trazendo os recadinhos para esquentar ou não os corações, afinal nem sempre são recadinhos de todo coração.

       Continuamos os debates, e paramos para, é claro, comer de novo....  E que delicioso o almoço servido na casa, e ontem teve uma sobremesa que era de dar briga, porque não deu pra todos e todas educadores (as). Embalados pela rádio Cirandeira que anunciou algumas indicações de Garoto e Garota Cirandeiro (a).... hum, abertura de campanhas políticas pelos corredores....

      Então, percebemos que além de reuniões, rolam outras coisas, como grupos da cozinha que lavam louça felizes, cantando, dançando e o mais interessante sem deixar a peteca cair, diferente do grupo reunido no gramado na tentativa de não deixar, literalmente, a peteca cair!!! Divertidíssimo, não lavar o prato e sim tentar jogar a peteca...., pena que deixa a mão inchada.

       Descobrimos um educador que adora iniciar os gritos de ordem, pena que ainda não os aprendeu, mas está a caminho, afinal como é de entendimento coletivo, tudo é um processo!

     A volta a plenária aconteceu aos poucos, a maioria das pessoas não quiseram cantar muito menos dançar..., mas, em meio as falas e debates eis que surgem umas pessoas ainda com a energia em alta para animar.....

      Nova parada para, adivinhem¿ Comer é claro.... adoçados por um bolo de chocolate, a turma voltou a plenária mais entusiasmada... E no escurinho do cinema, assistimos 3 vídeos trazidos pelos assessores, isso somado as nossas experiências e ao acúmulo de informações que adquirimos ao longo do dia, proporcionou um ótimo debate...
     
     A noite, como diz o ditado (não sei qual, deve ser o chinês por que todo mundo o usa), “não percamos o costume” e logo nos encaminhamos para as reuniões das macrorregiões....

    Nos bastidores.... hum! Nesse rola muito coisa, aliás, muita coisa mesmo!!!! Os sorrisos disfarçados, o friozinho na barriga com medo de ser descoberto (a) comprovam isso.... E mais uma noite com rodas: de música, internet, mais reuniões, reuniões, reuniões e por fim reuniões. 

sábado, 28 de maio de 2011

Compartilhamento da Comunicação uma Utopia Possível


Compartilhamento da Comunicação uma Utopia Possível
          O terceiro dia da IV Ciranda iniciou com a mística que anuncia a amorosidade, cria uma relação afetiva e humana entre os educadores e educadoras da Recid que embalados pela música “Desejo” (Flávia Wenceslaw), refletem sobre a ideia de integração a outras formas de comunicação que não seja somente a verbal, mas também a ligada ao universo, à espiritualidade com o objetivo de proporcionar, à sensibilidade de percepção das diferentes formas e linguagens de expressão.
         Para começar a conversa sobre comunicação, o pesquisador, integrante do Observatório da Imprensa e da revista Carta Maior, Venício Lima, fez referência à origem da palavra: do latim, comunicação vem da mesma raiz dos termos “comum” e “compartilhar”. Em atenção para a construção original da palavra, comprovamos que a função essencial da comunicação pouco colocada em prática pelos grandes meios de comunicação brasileiros. Para Paulo Matoso, educador popular da Recid MS, é necessário que aconteça o compartilhamento da comunicação para que a mesma tenha um sentido de ser.
        Durante a apresentação, o pesquisador fez referência a Paulo Freire e ao ensaio Comunicação e extensão, publicado em 1975. Paulo Freire fala da comunicação como um processo dialógico, que precisa é construída a partir da igualdade entre dos sujeitos. Para Freire, a interação em torno da comunicação traz em si a ânsia de mudar o mundo. Na avaliação de Lima, as ideias de Freire são o fundamento do que chamamos hoje de direito à comunicação.
Raízes da Concentração
          A concentração dos meios de comunicação no Brasil tem raízes históricas que consolidaram a realidade que temos hoje. Venício Lima levantou como um dos elementos que contribuem para este quadro é a chegada tardia da impressa gráfica, vinda apenas com a família real portuguesa no século XIX. Segundo Lima, a inexistência de jornais impressos resultou na falta de costume a leitura da população brasileira.
            Este quadro se consolidou durante a Ditadura Militar, quando o governo ditador entregou as concessões de rádio e TV para empresas privadas, que passaram a dominar e controlar a informação veiculada nos canais abertos. “Ao fazer essa opção, o Brasil naturalizou de tal forma a exploração privada do serviço que pensamos que as emissoras são as donas da concessão, quando na verdade é o estado brasileiro”, afirma Venício.
          Como consequências da apropriação privada dos meios de comunicação, não há regulação na área. Venício Lima citou como exemplo da ausência de regras a propriedade cruzada dos meios de comunicação, prática proibida pela maioria dos países.
Equipe de Comunicação da IV Ciranda

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A 4ª Ciranda abre com mística em homenagem a educadora

Confira no site da rede: www.recid.org.br

4ª Ciranda de Educação PopularFoto Fabio Alves
A 4ª Ciranda de Educação Popular acontece de 25 a 29 de maio, no Centro de Formação do CIMI, em Luziânia – Goiás, com o tema Sonhos que tecem a rede: muitas vozes e mãos construindo a comunicação que queremos.
A perda de duas companheiras de luta, Maria Izabel (Sergipe) e Flávia (Goiás), foi lembrada na abertura do encontro e como homenagem teve dança, música e ainda mais força para continuar.
Abertura5__4_Ciranda_25_05_2011_foto_Fabio_Alves
A 4ª Ciranda de Educação Popular acontece de 25 a 29 de maio, no Centro de Formação do CIMI, em Luziânia – Goiás, com o tema Sonhos que tecem a rede: muitas vozes e mãos construindo a comunicação que queremos.

O objetivo geral do encontro promovido pela Rede de Educação Cidadã – Recid é “aprofundar, a partir das experiências e práticas da Rede, a perspectiva política da comunicação que queremos construir, identificando os problemas do sistema e dos processos de comunicação no Brasil e as experiências e práticas sociais, tendo em vista a articulação destas iniciativas com os processos de educação popular no conjunto da Recid e a ação para construir outro modelo de comunicação”.

Segundo Luana Castelli, da comissão nacional da Recid, a Ciranda segue a orientação Freireana de ter como ponto de partida dos debates a realidade vivenciada pelo coletivo de cada estado. Com isso elaborado, alguAbertura2__4_Ciranda_25_05_2011_foto_Fabio_Alvesmas assessorias convidadas irão enriquecer as discussões com aprofundamento teórico. Esse acúmulo deve gerar a aplicação do conhecimento para nutrir as propostas e avaliações que possam contribuir com as políticas e ações de comunicação. Muito deAbertura_4_Ciranda_25_05_2011_foto_Fernando_Waschburgersse processo se dá pela metodologia da formação de equipes de trabalho autogestionárias, que representa também uma forma de aprendizado.

O educador voluntário de Salvador (BA), Jorge Konmukeenge, destacou que a Ciranda começou com o sentimento de perda de duas companheiras de luta, mas que o legado deixado por elas dará força para o trabalho da Rede. Salientou também: “em diversos territórios do nosso país, ainda temos dificuldade em acessar meios de comunicação como internet e celular. O desafio aqui é, a partir da troca de experiências com os outros educadores e outras realidades, encontrar caminhos para avançar”.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Lumia Romai - 1º Seminário do Povo Cigano de Mato Grosso do Sul

         O 1º Seminário do Povo Cigano de Mato Grosso do Sul, com o lema “Lumia Romai, que significa Universo Cigano” tem o propósito de debater a realidade do povo cigano sul-mato-grossense e propor ações específicas para as políticas públicas de cultura, educação e assistência Social. Segundo a presidente da Associação dos Ciganos de Mato Grosso do Sul, a cigana Luna Romi, o seu povo necessita discutir sobre a vulnerabilidade na qual se encontram: “A comunidade cigana precisa mostrar a cara e sair da invisibilidade”, afirma Luna Romi.

        A exemplo do que acontece nos últimos meses, a Recid (Rede de Educação Cidadã), promove mais um debate e agora tendo como temática as questões relacionadas as políticas públicas de cultura, educação e assistência social para o povo cigano sul-mato-grossense. Para Paulo Matoso, educador popular e membro do Coletivo de Coordenação Ampliada da Rede de Educação Cidadã, a mobilização do povo cigano é valiosa para as discussões, reconhecimentos e práticas dos direitos enquanto cidadãos e cidadãs: “É importante a participação de todos e todas no debate, já que esta é uma forma de discutir temas relacionados à realidade dessa população e elaborar propostas que depois possam contribuir nas discussões de políticas públicas específicas para o povo cigano do Estado de Mato Grosso do Sul”, explica Matoso.

       A Rede de Educação Cidadã é uma articulação de diversos atores sociais, entidades e movimentos populares do Brasil que assumem solidariamente a missão de realizar um processo sistemático de sensibilização, mobilização e educação popular da população brasileira, principalmente das famílias em condições de vulnerabilidade social, promovendo o diálogo e a participação ativa na superação da miséria, afirmando um projeto popular democrático e soberano de nação.
       Este evento é uma realização da Rede de Educação Cidadã e do Teatral Grupo de Risco em parceria com a Associação de Ciganos de Mato Grosso do Sul e Prefeitura Municipal de Três Lagoas. Constam na programação do primeiro dia do seminário duas rodas de conversas, sendo a primeira com o debate em torno do Resgate, Promoção e Valorização da Cultura Cigana em Mato Grosso do Sul e a segunda, Metodologia de Alfabetização do Povo Cigano. No segundo dia está reservado o debate sobre as Políticas Públicas de Assistência Social para o povo cigano, além de apontar Novas Perspectivas de Ação para os Gestores Públicos.
       Consta ainda, oficinas de formação de culinária cigana, religiosidade, danças circulares e conversas ciganas (língua cigana), além de comidas típicas, dança, e o famoso tchaio(chá) cigano.
Serviço:
 - O seminário acontecerá nos dias 14 e 15 de maio (sábado e domingo), no Arena Mix, em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, das 8h às 18h. Qualquer pessoa pode participar desde que, confirme presença antes do início do evento. Confirmar presença pelo endereço eletrônico: recidms@hotmail.com, e telefones: (67) 9955 6332 (Cigana Luna), (67) 9241 6227 (Fernanda) e (67) 9248 3389 (Romilda) e (67) 9282 6131 (Paulo).

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A Rede de Educação Cidadã realiza o seminário Marçal Vive!

"O banguela dos lábios de mel não se calou"

A Rede de Educação Cidadã e o Teatral Grupo de Risco realizam o Seminário Indígena Marçal Vive!, nos dias 27 e 28 de janeiro de 2011, no espaço Romeu e Julieta, rua 26 de agosto, nº 2.335, bairro Amambaí, Campo Grande, Mato Grosso do Sul

       "O Banguela dos lábios de mel não se calou" é o lema do seminário "Marçal Vive!", que a Rede de Educação Cidadã e o Teatral Grupo de Risco promovem no dia 27 e 28 de janeiro de 2011, no espaço Romeu e Julieta, com início às 8h e término às 18h, nos dois dias. O objetivo é estudar a cultura e a realidade das comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul em relação aos direitos e territórios e ainda, fortalecer o debate sobre as políticas públicas de saúde, educação e cultura, propondo novas perspectivas de ação.

      Igualmente, consta em nossa programação no primeiro dia do seminário duas mesas intituladas: "Políticas Públicas e Direitos Indígenas", pela manhã e "Direitos Indígenas e territórios", pela tarde. No segundo dia, iniciamos com a discussão em torno da "Saúde Indígena" e logo pela tarde "Educação e Cultura", finalizando o seminário.

       A Rede de Educação Cidadã é uma articulação de diversos atores sociais, entidades e movimentos populares do Brasil que assumem solidariamente a missão de realizar um processo sistemático de sensibilização, mobilização e educação popular da população brasileira e principalmente de grupos vulneráveis econômica e socialmente (indígenas, negros, jovens, LGBT, mulheres, etc), promovendo o diálogo e a participação ativa na superação da miséria, afirmando um Projeto Popular, democrático e soberano de Nação. 

     O Teatral Grupo de Risco é uma associação sem fins lucrativos e sempre ressaltou a preocupação com outras esferas da sociedade além das artísticas, acreditando que a arte é instrumento de inclusão e de cidadania. Executou inúmeros projetos culturais e sociais sobre meio ambiente, prevenção e saúde, trânsito, gênero e cultura, entre outros. Para o Teatral, o desenvolvimento de pesquisas sobre a formação histórica, de linguagem, de busca por novas dramaturgias e de reflexões sobre o trabalho do ator, transformou o grupo em um centro de referência no Estado.

O seminário é aberto ao público e acontece no Espaço Romeu & Julieta, das 8h às 18h. A entrada é franca, mas deverá ser confirmada pelos telefones 67 3383 0393 -  9282 6131 e 9241 6227.

Informações:
Rede de Educação Cidadã
Rua Dr. Temístocles, nº 64, Esplanada da Ferroviária, Campo Grande, MS
Fone: (67) 3383 0393 - E-mail: recidms@hotmail.com