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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

TPT será realizado em Campo Grande/MS

    Entidades, organizações sociais e populares e de direitos humanos, realizarão o Tribunal Popular da Terra em Mato Grosso do Sul (TPT/MS), entre os dias 30 e 31 de março e 1º de abril de 2012, na Universidade Federal (UFMS), da Capital. 

   Segundo os organizadores da atividade haverá uma programação que pretende conjugar mística, música, teatro e filmes com os momentos próprios da simbolização de um julgamento, no qual haverá denúncias, depoimentos, acusações e defesas. Tudo no marco de uma ambientação que extrapola os limites da simulação de um processo judicial ao mesmo tempo que mantém o conteúdo político e cultural. 

   O Tribunal Popular “é um julgamento simbólico que visa inverter radicalmente a lógica unilateral das arbitrariedades jurídicas do Estado Brasileiro e julgar alguns crimes institucionais emblemáticos que acontecem contras as populações mais vulneráveis do Brasil”. 

      Nesses dias serão recolhidas denuncias de violações de direitos humanos que aconteceram e afetam os povos indígenas, comunidades quilombolas, e populações camponesas que lutam não só pela terra, mas pela permanência nela. Com o eixo “Povos da Terra-Estrutura Fundiária” o TPT vai colocar no banco dos réus o Estado Brasileiro, o latifúndio e o agronegócio. 

       Igualmente se colocará a responsabilidade do Estado de Mato Grosso do Sul perante a violência existente contra os povos indígenas. Isto porque foi evidenciado, segundo os organizadores, que “o Estado Sul-mato-grossense age contra os indígenas como é o caso da demarcação de terra, ao se colocar contra esse processo; Ao não combater a violência contra os indígenas; E evidenciada também no sentimento de desconfiança e insegurança que os povos indígenas têm demonstrado perante o Estado local, nos momentos em que esses povos partem para a reivindicação de seus territórios tradicionais”. 

      A atividade resgata um antecedente importante já acontecido no estado em 25 de julho de 1987; à realização do Tribunal da Terra em MS. Naquela data o Tribunal “trouxe a público os processos de violência contra homens, mulheres e crianças envolvidas nas lutas pela reforma agrária e a demarcação de terras indígenas”. Vinte e cinco anos depois a situação continua “tragicamente atual”, segundo a Comissão Pró Tribunal Popular da Terra em MS. Novos Tribunais foram construídos no Brasil a partir de maio de 2008, quando grupos de trabalho foram organizados em São Paulo, Rio de Janeiro e na Bahia. Eles surgem na ideia de dar um caráter nacional ao evento e mostrar que “as violações praticadas por agentes do Estado de norte a sul do pais ao longo da história do Brasil não são meras falhas do sistema, mas expressam uma concepção de Estado”. 

Fonte: Comissão Pastoral da Terra (CPT/MS) – Tribunal Popular da Terra em MS (TPT/MS)

domingo, 12 de fevereiro de 2012

    É na estratégia em ritmo de som do atabaque que 
a tática para o despertar do debate se inicia em manhã ensolarada na casa da Recid MS. Numa mesa farta e em outra bastante simples, as e os educadores conversam e se alimentam sem entender o que as e os levaram até aquele momento. Foi uma opção ou consequência do destino? Por aí, a reflexão caminhou até chegar em outras dúvidas: O que é estratégia? O que é tática? Qual o nosso eixo de luta?

   A manhã do sábado (11), se tornou intensamente repleta de questões e descobertas fundamentais para o debate que a Recid está discutindo em todo país há alguns dias. Para esse momento, o segundo, da Jornada Pedagógica em preparação aos próximos encontros (Regional e Nacional), organizado pela equipe MS, foram pensadas e organizadas dinâmicas para que o grupo pudesse se aprofundar melhor nas questões propostas.

      Em grupos foram debatidos também os campos: Formativo e Educativo; Comunicação; Gestão compartilhada e Organicidade respondendo as seguintes perguntas: “O texto me impressionou? Qual a impressão? Me vejo no texto? Se não me vejo, como reescrevê-lo?”. De acordo com os grupos, os desafios ainda são muitos em cada campo, e a necessidade de aliar a teoria com a prática é assunto decorrente, afinal, nessa grande luta, o que nos une?

    Depois de uma manhã como esta, não é difícil iniciar a tarde se questionando “Por onde andei?” (Nando Reis)... Assim as educadoras e educadores compartilharam os pensamentos e a reflexão dessa caminhada, e identificarem se estavam por perto, se andaram por caminhos parecidos até chegarem naquele momento de se debruçar sobre as políticas da Recid.

...E foi assim, numa mandala de energias e ainda ao som do atabaque que cada grupo relatou o debate feito.

Acompanhem o relato na íntegra neste blog.

        O próximo encontro está agendado para o dia 25/02/2012, das 8h (café da manhã) às 18h, com intervalo para almoço, na casa da Recid/MS.