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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Carta Memória aos Cirandeiros e Cirandeiras da IV Ciranda

Por Fernanda Kunzler (memória do dia 27.05.11)

      Ontem iniciamos o dia com a nossa querida rádio e as vozes companheiras que a animam, Romilda e Cris com informações para o nosso dia. O cafezinho da manhã sempre com alguns educadores (as) ainda cansados (ressaca) da noite anterior, outros mais animados, alguns não falam no primeiro momento, já outros (as) disparam na comunicação verbal e gestual.

     A mística cada vez mais intensa nos leva a refletir a amorosidade e também as diferentes linguagens de comunicação. É claro, que a manhã que se iniciou num clima “friozinho” se torna logo caliente com a tão envolvente ciranda, (êta que o bicho vai pegar).

        Depois da apresentação das atividades do dia feita pela espontaneidade do companheiro Diguilin  e a discrição da companheira...., dupla interessante, não¿ Coordenaram o dia, quase que pontualmente, lógico que a todo momento levantando um cartaz com as ordens: 5 minutos, conclua....  é claro também cirandeiros (as) que o sucesso da coordenação e das outras equipes de trabalho não seria possível se não fosse um trabalho coletivo.

     Ainda no debate do período da manhã os assessores convidados colaboraram na reflexão sobre comunicação que parte do início de sua história até os dias atuais, o coronelismo, regulamentação dos meios, as ferramentas disponíveis e como usá-las, temos certeza que conseguimos debater sobre o assunto com questionamentos relevantes  na tentativa de criar formas da tão sonhada e possível democratização da comunicação.

     Uma breve paradinha para outro cafezinho.... (eita povo que curte comer!rsrsrsrsrsr). Logo após o lanche, as entusiasmadas meninas do “De quem pra quem” voltam com todo o gás trazendo os recadinhos para esquentar ou não os corações, afinal nem sempre são recadinhos de todo coração.

       Continuamos os debates, e paramos para, é claro, comer de novo....  E que delicioso o almoço servido na casa, e ontem teve uma sobremesa que era de dar briga, porque não deu pra todos e todas educadores (as). Embalados pela rádio Cirandeira que anunciou algumas indicações de Garoto e Garota Cirandeiro (a).... hum, abertura de campanhas políticas pelos corredores....

      Então, percebemos que além de reuniões, rolam outras coisas, como grupos da cozinha que lavam louça felizes, cantando, dançando e o mais interessante sem deixar a peteca cair, diferente do grupo reunido no gramado na tentativa de não deixar, literalmente, a peteca cair!!! Divertidíssimo, não lavar o prato e sim tentar jogar a peteca...., pena que deixa a mão inchada.

       Descobrimos um educador que adora iniciar os gritos de ordem, pena que ainda não os aprendeu, mas está a caminho, afinal como é de entendimento coletivo, tudo é um processo!

     A volta a plenária aconteceu aos poucos, a maioria das pessoas não quiseram cantar muito menos dançar..., mas, em meio as falas e debates eis que surgem umas pessoas ainda com a energia em alta para animar.....

      Nova parada para, adivinhem¿ Comer é claro.... adoçados por um bolo de chocolate, a turma voltou a plenária mais entusiasmada... E no escurinho do cinema, assistimos 3 vídeos trazidos pelos assessores, isso somado as nossas experiências e ao acúmulo de informações que adquirimos ao longo do dia, proporcionou um ótimo debate...
     
     A noite, como diz o ditado (não sei qual, deve ser o chinês por que todo mundo o usa), “não percamos o costume” e logo nos encaminhamos para as reuniões das macrorregiões....

    Nos bastidores.... hum! Nesse rola muito coisa, aliás, muita coisa mesmo!!!! Os sorrisos disfarçados, o friozinho na barriga com medo de ser descoberto (a) comprovam isso.... E mais uma noite com rodas: de música, internet, mais reuniões, reuniões, reuniões e por fim reuniões. 

sábado, 28 de maio de 2011

Compartilhamento da Comunicação uma Utopia Possível


Compartilhamento da Comunicação uma Utopia Possível
          O terceiro dia da IV Ciranda iniciou com a mística que anuncia a amorosidade, cria uma relação afetiva e humana entre os educadores e educadoras da Recid que embalados pela música “Desejo” (Flávia Wenceslaw), refletem sobre a ideia de integração a outras formas de comunicação que não seja somente a verbal, mas também a ligada ao universo, à espiritualidade com o objetivo de proporcionar, à sensibilidade de percepção das diferentes formas e linguagens de expressão.
         Para começar a conversa sobre comunicação, o pesquisador, integrante do Observatório da Imprensa e da revista Carta Maior, Venício Lima, fez referência à origem da palavra: do latim, comunicação vem da mesma raiz dos termos “comum” e “compartilhar”. Em atenção para a construção original da palavra, comprovamos que a função essencial da comunicação pouco colocada em prática pelos grandes meios de comunicação brasileiros. Para Paulo Matoso, educador popular da Recid MS, é necessário que aconteça o compartilhamento da comunicação para que a mesma tenha um sentido de ser.
        Durante a apresentação, o pesquisador fez referência a Paulo Freire e ao ensaio Comunicação e extensão, publicado em 1975. Paulo Freire fala da comunicação como um processo dialógico, que precisa é construída a partir da igualdade entre dos sujeitos. Para Freire, a interação em torno da comunicação traz em si a ânsia de mudar o mundo. Na avaliação de Lima, as ideias de Freire são o fundamento do que chamamos hoje de direito à comunicação.
Raízes da Concentração
          A concentração dos meios de comunicação no Brasil tem raízes históricas que consolidaram a realidade que temos hoje. Venício Lima levantou como um dos elementos que contribuem para este quadro é a chegada tardia da impressa gráfica, vinda apenas com a família real portuguesa no século XIX. Segundo Lima, a inexistência de jornais impressos resultou na falta de costume a leitura da população brasileira.
            Este quadro se consolidou durante a Ditadura Militar, quando o governo ditador entregou as concessões de rádio e TV para empresas privadas, que passaram a dominar e controlar a informação veiculada nos canais abertos. “Ao fazer essa opção, o Brasil naturalizou de tal forma a exploração privada do serviço que pensamos que as emissoras são as donas da concessão, quando na verdade é o estado brasileiro”, afirma Venício.
          Como consequências da apropriação privada dos meios de comunicação, não há regulação na área. Venício Lima citou como exemplo da ausência de regras a propriedade cruzada dos meios de comunicação, prática proibida pela maioria dos países.
Equipe de Comunicação da IV Ciranda

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A 4ª Ciranda abre com mística em homenagem a educadora

Confira no site da rede: www.recid.org.br

4ª Ciranda de Educação PopularFoto Fabio Alves
A 4ª Ciranda de Educação Popular acontece de 25 a 29 de maio, no Centro de Formação do CIMI, em Luziânia – Goiás, com o tema Sonhos que tecem a rede: muitas vozes e mãos construindo a comunicação que queremos.
A perda de duas companheiras de luta, Maria Izabel (Sergipe) e Flávia (Goiás), foi lembrada na abertura do encontro e como homenagem teve dança, música e ainda mais força para continuar.
Abertura5__4_Ciranda_25_05_2011_foto_Fabio_Alves
A 4ª Ciranda de Educação Popular acontece de 25 a 29 de maio, no Centro de Formação do CIMI, em Luziânia – Goiás, com o tema Sonhos que tecem a rede: muitas vozes e mãos construindo a comunicação que queremos.

O objetivo geral do encontro promovido pela Rede de Educação Cidadã – Recid é “aprofundar, a partir das experiências e práticas da Rede, a perspectiva política da comunicação que queremos construir, identificando os problemas do sistema e dos processos de comunicação no Brasil e as experiências e práticas sociais, tendo em vista a articulação destas iniciativas com os processos de educação popular no conjunto da Recid e a ação para construir outro modelo de comunicação”.

Segundo Luana Castelli, da comissão nacional da Recid, a Ciranda segue a orientação Freireana de ter como ponto de partida dos debates a realidade vivenciada pelo coletivo de cada estado. Com isso elaborado, alguAbertura2__4_Ciranda_25_05_2011_foto_Fabio_Alvesmas assessorias convidadas irão enriquecer as discussões com aprofundamento teórico. Esse acúmulo deve gerar a aplicação do conhecimento para nutrir as propostas e avaliações que possam contribuir com as políticas e ações de comunicação. Muito deAbertura_4_Ciranda_25_05_2011_foto_Fernando_Waschburgersse processo se dá pela metodologia da formação de equipes de trabalho autogestionárias, que representa também uma forma de aprendizado.

O educador voluntário de Salvador (BA), Jorge Konmukeenge, destacou que a Ciranda começou com o sentimento de perda de duas companheiras de luta, mas que o legado deixado por elas dará força para o trabalho da Rede. Salientou também: “em diversos territórios do nosso país, ainda temos dificuldade em acessar meios de comunicação como internet e celular. O desafio aqui é, a partir da troca de experiências com os outros educadores e outras realidades, encontrar caminhos para avançar”.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Lumia Romai - 1º Seminário do Povo Cigano de Mato Grosso do Sul

         O 1º Seminário do Povo Cigano de Mato Grosso do Sul, com o lema “Lumia Romai, que significa Universo Cigano” tem o propósito de debater a realidade do povo cigano sul-mato-grossense e propor ações específicas para as políticas públicas de cultura, educação e assistência Social. Segundo a presidente da Associação dos Ciganos de Mato Grosso do Sul, a cigana Luna Romi, o seu povo necessita discutir sobre a vulnerabilidade na qual se encontram: “A comunidade cigana precisa mostrar a cara e sair da invisibilidade”, afirma Luna Romi.

        A exemplo do que acontece nos últimos meses, a Recid (Rede de Educação Cidadã), promove mais um debate e agora tendo como temática as questões relacionadas as políticas públicas de cultura, educação e assistência social para o povo cigano sul-mato-grossense. Para Paulo Matoso, educador popular e membro do Coletivo de Coordenação Ampliada da Rede de Educação Cidadã, a mobilização do povo cigano é valiosa para as discussões, reconhecimentos e práticas dos direitos enquanto cidadãos e cidadãs: “É importante a participação de todos e todas no debate, já que esta é uma forma de discutir temas relacionados à realidade dessa população e elaborar propostas que depois possam contribuir nas discussões de políticas públicas específicas para o povo cigano do Estado de Mato Grosso do Sul”, explica Matoso.

       A Rede de Educação Cidadã é uma articulação de diversos atores sociais, entidades e movimentos populares do Brasil que assumem solidariamente a missão de realizar um processo sistemático de sensibilização, mobilização e educação popular da população brasileira, principalmente das famílias em condições de vulnerabilidade social, promovendo o diálogo e a participação ativa na superação da miséria, afirmando um projeto popular democrático e soberano de nação.
       Este evento é uma realização da Rede de Educação Cidadã e do Teatral Grupo de Risco em parceria com a Associação de Ciganos de Mato Grosso do Sul e Prefeitura Municipal de Três Lagoas. Constam na programação do primeiro dia do seminário duas rodas de conversas, sendo a primeira com o debate em torno do Resgate, Promoção e Valorização da Cultura Cigana em Mato Grosso do Sul e a segunda, Metodologia de Alfabetização do Povo Cigano. No segundo dia está reservado o debate sobre as Políticas Públicas de Assistência Social para o povo cigano, além de apontar Novas Perspectivas de Ação para os Gestores Públicos.
       Consta ainda, oficinas de formação de culinária cigana, religiosidade, danças circulares e conversas ciganas (língua cigana), além de comidas típicas, dança, e o famoso tchaio(chá) cigano.
Serviço:
 - O seminário acontecerá nos dias 14 e 15 de maio (sábado e domingo), no Arena Mix, em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, das 8h às 18h. Qualquer pessoa pode participar desde que, confirme presença antes do início do evento. Confirmar presença pelo endereço eletrônico: recidms@hotmail.com, e telefones: (67) 9955 6332 (Cigana Luna), (67) 9241 6227 (Fernanda) e (67) 9248 3389 (Romilda) e (67) 9282 6131 (Paulo).