Desde domingo (02/06) acontece a Jornada de Luta dos Movimentos Sociais de Mato Grosso do Sul, esta se objetiva em uma marcha unificada dos Movimentos Sociais que segue do distrito de Anhanduí a 60 km de Campo Grande até o centro da cidade. A marcha conta mais de 400 pessoas e no Bairro das Moreninhas une-se à força de outros movimentos sociais que caminharão junto à marcha na quinta-feira. A marcha é orientada pelo tema: “Demarcação das Terras indígenas e Quilombolas, Reforma Agrária, contra o Capital e pela Soberania Popular”, portanto, Indígenas, Camponeses e Quilombolas, ganham maior evidência na ação.
A conjuntura do Estado é de muita tensão, por isso a Marcha recebe um caráter estratégico no momento, tanto pelo projeto de unidade quanto pelo fortalecimento dos movimentos sociais, que reforçado por reuniões com intuito de organizar a marcha. Neste processo, a ideia gira em torno do próprio ato de marchar e por momentos de formação que compõe a ação: vários debates sobre as demarcações, os problemas do Incra, a questão dos agrotóxicos, sobre a comunicação dos movimentos, a Educação Popular como Política Pública e a Universidade Popular, sobre a questão de gênero e principalmente das próximas formas de garantir a unidade para outros atos unificados e de massa, esses debates acontecem num período do dia durante a marha.
Ontem (04), mais um indígena foi para o Hospital com um tiro nas costas, o disparo foi feito por seguranças de fazendeiros das fazendas vizinhas, o indígena ferido corre o risco de ficar paraplégico, outros indígenas ainda foram feridos.
Os indígenas em reunião de conciliação pediram que houvesse uma audiência com a presidenta Dilma, confirmada para dia 19/06/2013, e a revogação da reintegração de posse da fazendo Buriti por quinze dias, e se fosse acordado isso, eles evitariam fazer novas ocupações, contudo a proposta não foi aceita pelo poder público, e por isso os indígenas ocupam outras fazendas na região que compreendem a área demarcada.
A Força Nacional e o Ministro da Justiça chegam hoje em MS para acompanhar o massacre que acontece em Buriti, enquanto aguardamos as próximas decisões, órgãos de direitos humanos e nosso companheiro da RECID-MS segue acompanhando a situação em Sidrolândia.
A RECID-MS participou na organização da Marcha Unitária dos Movimentos Sociais, está presente na comissão de Formação Política e alguns de seus integrantes acompanham marchando, além de acompanhar a perseguição e violência contra os indígenas nas fazendas em Sidrolândia.
Comunicação RECID-MS.
"É por amor a essa pátria Brasil que a gente segue em fileira."
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